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Visões da Quarentena II

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Visões da Quarentena II Ácrílica sobre tela 60 x 80cm junho 2020 Curitiba - Paraná- Brasil

Praticando Pratyáhára

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Tem momentos que para nosso próprio bem estar e sanidade mental, temos que praticar pratyáhára. Pratyáhára é uma técnica do yôga que consiste em nos concentrar para nos abstrairmos dos nossos sentidos. Não escutarmos os sons ao redor, não sentirmos os cheiros, as presenças, evitarmos toda e qualquer dispersão da mente. É uma técnica que é preparatória para a meditação. Enfim, nesses tempos de caos, é muito importante nos abstrairmos de tanta merda, de tanta imbecilidade que a gente escuta e vê por aí, assim evitamos desgastes, discussões e confrontos. Tem momentos em que os confrontos são sadios e trazem excelentes reações positivas, normalmente em pessoas sensatas. Mas, na maioria das vezes, a gente sabe que não vale a pena o  esforço, a perda de energia. Assim filtramos quando o embate vale o benefício e desenvolvimento. Mas também existem momentos que precisamos realmente nos posicionar e não permitir que catástrofes aconteçam ao nosso redor, simplesmente por não queremos nos

Visões da Quarentena

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Visões da Quarentena. Acrílica sobre tela. Tamanho: 60cm x 80cm. Ano: 2020. Curitiba, Paraná, Brasil.

Tempos de Confinamento

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Onde está aquele   ser onipontente e onipresente, senhor absoluto do planeta Terra? Aqueles que matam por esporte, confinam animais, subjugam, escravizam. Donos da verdade suprema e da inteligência absoluta, onde estão? Confinados como gado nas suas casas, sob a ameaça de um vírus intruso.  Algo que não podemos nem sequer ver, nos mostra a nossa pequenez, nossa incapacidade, nossa irrelevância no universo. Será que acabou a supremacia da raça humana no planeta azul? De que adiantou dominarmos uns aos outros, estabelecermos fronteiras, acharmos que o povo daqui é melhor que o povo de lá. A ganância dos empresários que esfolam seus funcionários para triplicar sua fortuna. Ser de esquerda ou de direita, não respeitarmos pensamentos, posições antagônicas às nossas. Nem sequer escutarmos o que as outras pessoas tem a dizer? Afinal "time is money" não é mesmo? E agora? Agora sobra-nos tempo. O vírus nos encarceirou e nos voltamos para dentro do nosso mundo

Quem sabe um dia me mudo pra lá

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Um dia quem sabe me mudo pra lá.  Me livro das dores, das amarras, dos dias cinzas, da rotina infinita.  Um dia quem sabe, me mudo pra ver o sol nascer primeiro.  Ver o mar verde brilhar e me banhar todos os dias no sal da sua água.  Quem sabe um dia me mudo pra lá. Deixo de lado o que me prende.  Ouso ser quem realmente sou.  Largo a certeza e mergulho no infinito dos desejos.  Deixo as máscaras e assumo a sinceridade.  Quem sabe no próximo carnava l me mudo pra lá?  Viver a simplicidade, pé na areia, vento no rosto e tintas nas telas.  Porque deixar pra depois?  A vida é um sopro e não sabemos pra onde vamos depois.  Depois pode ser tarde.  Talvez eu me mude.  Que a verdade se manifeste.  Que a arte reverbere.  Que a essência suprema desperte.  S empre existe um depois, um porém, todavia, entretanto.  A realidade me prende, me acorrenta no castelo que eu mesma ergui.  Talvez eu me mude pra lá.  Lá onde as pessoas sorriem, ond

Maria

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Carioca da gema, com 11 anos escolhida para subir no coreto e, sem ler nem gaguejar, homenagear com um discurso inflamado o presidente do Estado do Rio de Janeiro, Raul Veiga. Aplaudida, sai notícia até no Jornal do Brasil. Com a doença do pulmão do pai, muda-se para Barbacena. Nestor, o primeiro namorado, goleiro do Olimpia. Mas foi com Djalma que Maria casou e, com um conto de réis, fez todo o enxoval. A firma Dolabella mandou Djalma lá para Molevade e com ele lá foi Maria. Mocinha bonita de cabelos e olhos de jabuticaba. A casinha de pau-a-pique. Luz só de lampião. Voltou para Barbacena para ter a primeira filha e ficou lá até acabar a revolução. Passou por Lavras, Belo Horizonte. Mais dois filhos nasceram. Um aborto e mais um filho. Vinho do Porto e marmelada para fortificar. Partem para Foz do Iguaçu. 24 horas de trem. Em Porto Mendes, São Paulo, pegam o vapor argentino Cruz de Malta. Foram 8 dias de viagem. Ficaram ali quase um ano e meio. Para Maria foi o purgató

Crônica de um dia de jogo

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--> É emocionante ver como um esporte pode movimentar uma cidade, um povo, uma torcida. Ver suas cores preferidas tremulando e o sorriso espontâneo em cada torcedor. Desde as crianças, meio sem entender, até os idosos. A alegria de quem está na fila à espera de entrar no estádio, ansioso pelos gritos de gol, pelos xingamentos ao adversário e pela alegria de um drible, de uma jogada ensaiada, de um chute do seu ídolo. É isso que ele quer: amor, paixão e sonho. É tudo muito louco, incompreensível,   desde quando isso começa e como começa. No meu caso, mãe e irmãos coxas-branca. Morava ao lado do Couto Pereira.   Mas, meu pai, mineiro, ex-cruzeirense, agora torcedor rubro-negro, ficava deitado na cama, todos os domingos, ouvindo pelo radinho as narrações do campeonato paranaense e, naquela época, da série B. Eu ficava ali, admirando, deitava do ladinho dele e torcia junto. Cheiro de cigarro com café com leite. Ali, começou tudo isso. Washington e Assis, quase c