Nos faltam ídolos.


Torcer para a seleção brasileira sempre foi um evento que nos emocionava, unia as famílias e nos despertava orgulho. Sempre elegíamos nossos jogadores preferidos, nossos ídolos. Conhecíamos todos aqueles que nos representavam, sabíamos quem eles eram e da onde eles vinham. Na minha adolescência vibrava com o Zico. Tinha até um álbum onde colava as fotos dele que recortava de jornais e revistas. E nunca me esqueço a tristeza que foi perder para a Itália, com aquele time maravilhoso, cheio de craques que sabiam ser ídolos. Chorei muito ao lado da bandeira do Brasil estendida no chão da sala.

Hoje, em compensação, não tenho a menor vontade de acompanhar essa seleção. Tem jogadores que a gente não conhece. Não tenho a menor ideia de quem seja Danilo, Fred, Emerson e outros. Confesso que prefiro mil vezes ver um jogo do Athletico do que ver a nossa seleção. Muito mais emoção.

E quem são nossos ídolos hoje? Verdadeiros anti heróis. Neymar não me representa. Um jogador mimado que é mau exemplo em tudo que faz. A antítese do que deveria ser um ídolo. E  a seleção não joga como time. Tudo gira em torno desse jogador que, graças a esse comportamento inconsequente, nunca vai ganhar nada. Os jogadores jogam em função dele e ele joga em função dele mesmo. É um momento triste que vivemos, nos faltam ídolos, nos faltam representantes dos quais possamos nos orgulhar. 

A começar pelo presidente, nosso representante maior,  que só nos envergonha. A antítese de um líder maior.  Genocida, incompetente, despreparado. Devo confessar, essa seleção não representa nossa gente, esse governo não representa nosso povo. Muito triste o momento que vivemos. Saudades do Senna, saudades do Zico em campo e de tantos outros que sabiam ser mais que atletas, sabiam ser ídolos. Sabiam que o seu comportamento influenciava milhões de crianças, de adolescentes que os tinham como exemplos. Queriam ganhar a todos custo, mas não ganhar para exacerbar a sua própria vaidade, queriam ganhar por uma causa nacional, para levar alegria ao povo.

Por isso, ver a seleção jogar hoje é como ver qualquer outro jogo de futebol. Não emociona, não une e não  representa. É muito triste.

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