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A Publicidade em 30 anos. Do tempo das ideias para o mundo dos robôs.

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Desenho de Ulisses Teixeira feito para um cartão no meu aniversário Nestes últimos 30 anos, muitas foram as mudanças que a tecnologia trouxe para a Publicidade. Venho acompanhando tudo isso, desde os anos 90. Iniciei como Redatora em agências e tudo o que eu precisava era de uma máquina de escrever, papeis, canetas, errorex e ideias criativas. Ideias que saiam do papel para se tornarem peças gráficas nas mãos dos Diretores de Arte, vídeos ou spots nas mãos das produtoras. Diretores de Arte que iniciavam seus trabalhos com esboços feitos à mão e depois finalizam muitas vezes as ilustrações em aerógrafos. O caras tinham que ser bons mesmo. Não era tarefa pra qualquer um. Montagens com Letraset, depois o material ia para a confecção do fotolito antes da impressão. Aos poucos, tudo isso foi deixando de existir. Os clientes usavam a imaginação, acreditavam nas propostas visuais e esperavam semanas até tudo ficar pronto. Não existia esse "é pra ontem!". Não tinha c

Não quero o normal, nem o novo normal.

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Quero a liberdade, a alegria e a originalidade.  Quero a beleza da expressão, a certeza de ser, de existir e evoluir.  Não quero o viver por viver, nem a indiferença, nem a rotina desnecessária.  Muito menos a falta de atenção e a incompreensão.  O tempo passou, o desejo, o interesse cessou.  As palavras não dizem mais nada. Agridem, machucam.  O que aconteceu com quem eu queria me tornar?  Nada normal, muito menos novo normal.  Eu caminhei  carregando o fardo da minha existência.  Pra onde?  As palavras se desencontram.  As mágoas emergem a todo instante, como memórias que rompem a linha tênue  da incompreensão.  Sou um ser desconectado dos meus desejos, num mundo paralelo que eu mesma  construí pra mim.  Quero a originalidade, quero a intensidade, o calor que só um abraço pode gerar.  Quero só a verdade de ser único.

Visões da Quarentena II

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Visões da Quarentena II Ácrílica sobre tela 60 x 80cm junho 2020 Curitiba - Paraná- Brasil

Praticando Pratyáhára

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Tem momentos que para nosso próprio bem estar e sanidade mental, temos que praticar pratyáhára. Pratyáhára é uma técnica do yôga que consiste em nos concentrar para nos abstrairmos dos nossos sentidos. Não escutarmos os sons ao redor, não sentirmos os cheiros, as presenças, evitarmos toda e qualquer dispersão da mente. É uma técnica que é preparatória para a meditação. Enfim, nesses tempos de caos, é muito importante nos abstrairmos de tanta merda, de tanta imbecilidade que a gente escuta e vê por aí, assim evitamos desgastes, discussões e confrontos. Tem momentos em que os confrontos são sadios e trazem excelentes reações positivas, normalmente em pessoas sensatas. Mas, na maioria das vezes, a gente sabe que não vale a pena o  esforço, a perda de energia. Assim filtramos quando o embate vale o benefício e desenvolvimento. Mas também existem momentos que precisamos realmente nos posicionar e não permitir que catástrofes aconteçam ao nosso redor, simplesmente por não queremos nos

Visões da Quarentena

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Visões da Quarentena. Acrílica sobre tela. Tamanho: 60cm x 80cm. Ano: 2020. Curitiba, Paraná, Brasil.

Tempos de Confinamento

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Onde está aquele   ser onipontente e onipresente, senhor absoluto do planeta Terra? Aqueles que matam por esporte, confinam animais, subjugam, escravizam. Donos da verdade suprema e da inteligência absoluta, onde estão? Confinados como gado nas suas casas, sob a ameaça de um vírus intruso.  Algo que não podemos nem sequer ver, nos mostra a nossa pequenez, nossa incapacidade, nossa irrelevância no universo. Será que acabou a supremacia da raça humana no planeta azul? De que adiantou dominarmos uns aos outros, estabelecermos fronteiras, acharmos que o povo daqui é melhor que o povo de lá. A ganância dos empresários que esfolam seus funcionários para triplicar sua fortuna. Ser de esquerda ou de direita, não respeitarmos pensamentos, posições antagônicas às nossas. Nem sequer escutarmos o que as outras pessoas tem a dizer? Afinal "time is money" não é mesmo? E agora? Agora sobra-nos tempo. O vírus nos encarceirou e nos voltamos para dentro do nosso mundo

Quem sabe um dia me mudo pra lá

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Um dia quem sabe me mudo pra lá.  Me livro das dores, das amarras, dos dias cinzas, da rotina infinita.  Um dia quem sabe, me mudo pra ver o sol nascer primeiro.  Ver o mar verde brilhar e me banhar todos os dias no sal da sua água.  Quem sabe um dia me mudo pra lá. Deixo de lado o que me prende.  Ouso ser quem realmente sou.  Largo a certeza e mergulho no infinito dos desejos.  Deixo as máscaras e assumo a sinceridade.  Quem sabe no próximo carnava l me mudo pra lá?  Viver a simplicidade, pé na areia, vento no rosto e tintas nas telas.  Porque deixar pra depois?  A vida é um sopro e não sabemos pra onde vamos depois.  Depois pode ser tarde.  Talvez eu me mude.  Que a verdade se manifeste.  Que a arte reverbere.  Que a essência suprema desperte.  S empre existe um depois, um porém, todavia, entretanto.  A realidade me prende, me acorrenta no castelo que eu mesma ergui.  Talvez eu me mude pra lá.  Lá onde as pessoas sorriem, ond